segunda-feira, 12 de julho de 2010

teorias sobre o amor II

mmmm
antes de mais,não estou num estado de embriaguez,ás 14h.45m da tarde(lol)..este texto foi escrito no outro dia:)


vivemos um amor,como se fosse o ultimo(refiro-me a um verdadeiro amor..),estamos dispostos a tudo por tal..
o amor não se esgota á primeira tentativa,o amor é reciclável,e como tal,é-nos apresentado de forma diferente de cada vez que o experenciamos..atenção que quando uso a palavra Amor,não me refiro apenas ao amor Homem/Mulher,Mulher/Mulher,Homem/Homem,refiro-me a todos os tipos de amor..

amar é viver,sentimo-nos mais vivos quando amamos!!
sentimos que podemos conquistar o mundo inteiro,segurando tal "espada sentimental"

sim,o amor é como uma espada que nos trespassa e atinge..

quando mal usada,pode ferir mortalmente também..
as pessoas perguntam.."ah tal,AJourney,as vezes falas de amor quando cantas..não o achas utópico?"

e eu respondo que não...

mmmmm...hoje não estou a ler Bocage,hoje estou noutra onda - textos do Bruno Nogueira - (terminei a noite a sorrir e quis continuar pelo dia que amanhece já....

:)

1 comentário:

  1. Apaga a luz


    É no instante exacto, nem um segundo mais cedo ou mais tarde, mas nesse exacto e preciso instante em que me olhas antes de apagar a luz, que me sinto a rapariga com mais sorte no mundo.

    Lá em baixo na rua chovem gotas de cores escuras , está frio e húmido, o vento vira os chapéus de chuva do avesso como esqueletos desconjuntados e os bichos da noite procuram conforto e conchego em mais um copo de vodka, numa linha de coca ou nos braços de uma quase amiga que amanhã será uma quase desconhecida.

    Lá fora a vida continua, a vida não muda, as pessoas fogem delas próprias para mergulhar no vazio de outros corpos, ou então fogem dos corpos que não estão vazios para se encontrarem a si mesmas.

    Lá fora é o Inverno do nosso descontentamento, a vil e desoladora condição humana à beira da loucura, presa ao calhas pelo fio da navalha, lá fora é o mundo e eu fixo o meu olhar no teu no exacto momento que antecede o mergulho no escuro, para me sentir protegida desse mundo e respiro o teu ar como se só em ti encontrasse todo o oxigénio necessário à minha sobrevivência.

    Cá dentro, dentro de um mundo que é só nosso, a música mistura-se com as nossas vozes, a lareira está sempre acesa, os lençóis estão sempre limpos e esticados e o teu cheiro dissolve-se no meu. Cá dentro há paz e sossego e doçura e segurança, há um tempo fora de todos os tempos, sem relógios nem minutos, porque cada minuto é um dia e cada dia é um mês e é por isso que sentimos que estamos aqui há tanto tempo, como se o tempo fosse outro, e é!

    Gosto deste mundo tranquilo, aquático, etéreo e secreto, gosto de me perder nele enquanto o sono não chega, gosto de te ver adormecido ao meu lado e de poder continuar a olhar-te nos olhos mesmo quando estão fechados. O teu braço pousado em cima do meu peito e a tua respiração regular embalam-me num sono incerto e tardio, lá em baixo o comboio continua a passar e eu fecho os olhos para depois os abrir, não quero dormir, não quero perder um segundo - que para nos é uma hora - destes instantes azuis que antecedem o mergulho no sono e anunciam a chegada provável de um novo dia.

    Tens uma doçura infantil que me desarma, um sorriso enorme que me abraça, um olhar perdido do mundo que se encontra, quando encontra o meu mundo, tens mãos de médico e coração de índio, tens a magia das pessoas tocadas pela sorte e pela bem aventurança e tens me a mim. E mesmo que os dias no mundo lá fora tenham relógios em vez de comboios e passem com a mesma vertigem com que vivias antes de me conhecer, eu sei que o nosso tempo vai chegar sem nunca chegar ao fim, nestes momentos em que a perfeição se cruza com a realidade e nos transporta para um mundo só nosso.

    Meu amor... apaga a luz!!

    ℓσνє уσυ.. αηα

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